sábado, 17 de fevereiro de 2018

Como fazer escolhas racionais pode nos levar ao sucesso


“O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma a este dia.” (Albert Einstein)

"A vida é a soma de todas as suas escolhas." (Albert Camus)


Desde o momento em que acordamos pela manhã, começamos a fazer escolhas, a tomar decisões. Escolhemos se abrimos os olhos ou permanecemos de olhos fechados; escolhemos se levantamos ou se continuamos deitados; escolhemos o lado pelo qual iremos nos levantar; e assim por diante. As escolhas são parte de nossa vida. Tudo são escolhas. No entanto, a maioria de nós não entende a importância do domínio da capacidade de escolha. Saber usar a capacidade de escolha pode nos levar, se não ao sucesso, a alcançarmos nosso pleno potencial.

A capacidade de tomar decisões é uma característica humana extraordinária, uma capacidade que os robôs e os computadores ainda não possuem. O grande desafio dos cientistas hoje é descobrir como o cérebro humano toma decisões. Um computador toma decisões analisando rapidamente todas as possibilidades existentes e escolhendo a melhor. No entanto, na maioria das situações da vida, as possibilidades são praticamente infinitas, sendo, portanto, impossível analisá-las todas. O cérebro humano na maioria das vezes toma decisões seguindo critérios que nós mesmos não compreendemos.

Ou seja, nós sempre fazemos escolhas. O problema é que a maioria de nós não costuma avaliar os resultados que suas escolhas terão. Cometemos muitos erros na vida porque não pensamos nas consequências de nossos atos. Outro problema é que não sabemos usar a nossa capacidade de escolha de modo racional e consciente quando estamos diante de situações desafiadoras de nossa vida. O desespero e a tensão acabam por prejudicar a nossa capacidade de tomar decisões racionais.

É muito importante que, diante de situações desafiadoras, procuremos nos lembrar de que há sempre escolhas a serem feitas. O processo de tomada de decisões deve acontecer da seguinte maneira:

1. Identificar as opções existentes;
2. Avaliar as consequências que podem resultar de cada opção;
3. Escolher a melhor opção, o que implica descartar as outras.

Analisemos a seguinte situação: um homem fez um investimento arriscado. Acabou perdendo todo o seu dinheiro. O que fazer diante de uma situação como esta? Basicamente neste momento há duas opções: 1) ele fica desesperado; 2) mantém a calma e procura pensar em uma solução para o problema. Quais as consequências que cada uma dessas opções pode acarretar? Se o homem escolher a opção 2, pode ser que encontre uma solução para o problema ou não. Se escolher a opção 1, o desespero pode fazer com que perca tempo, pode fazer com que não tenha a capacidade de refletir sobre a situação, pois o desespero embaça a nossa visão e a nossa razão. A melhor opção é, obviamente, não se desesperar. Assim, o homem se depara novamente com pelo menos duas opções: 1) pensar em uma forma de recuperar o dinheiro perdido; 2) aceitar sua condição e tentar se adaptar à sua nova vida como pobre. Se o homem escolher a opção 1, tem duas possibilidades: a) encontrar um meio de recuperar o dinheiro; b) não encontrar. Mas se escolher a opção 2, dificilmente vai encontrar um meio de recuperar o que perdeu. Digamos, então, que o homem escolheu buscar um meio de recuperar o dinheiro e o encontrou. Através desse meio ele pode conseguir ou não recuperar seu dinheiro. Além disso, o método vai exigir muito trabalho e vai resultar em desgaste. Novamente, duas opções: 1) tentar; 2) não tentar. Escolhendo a opção 1, duas opções: a) recuperar o dinheiro (ter sucesso); b) não recuperar o dinheiro (fracasso). Mas escolhendo a opção 2, há apenas uma possibilidade: não recuperar o dinheiro. Imaginemos que o homem tenta. Fracassa. O que fazer? Primeiro, pensar: “Há ainda alguma outra possibilidade de recuperar o dinheiro?” Se sim, existe novamente a opção de tentar e a opção de não tentar. Se não, há ainda opções: 1) desesperar-se; 2) aceitar finalmente a condição e tentar ser feliz da melhor forma possível. Creio que seja óbvia a melhor opção.
Nossa vida consiste basicamente em uma sucessão de escolhas. Quando fazemos essas escolhas de modo irrefletido, frequentemente cometemos erros e permitimos que a vida nos conduza, em vez de sermos donos de nosso destino. É possível que realizemos algo de bom na vida se vivermos assim? Sim, é possível. Mas é menos provável. Temos muito mais chances de ter sucesso na vida quando aprendemos a usar a nossa capacidade de escolha de modo racional. Somos capazes de alcançar o nosso pleno potencial. Importante lembrarmos que a tomada de decisões se torna mais fácil quando temos o hábito de traçar metas e fazer planos para nossa vida. Quando as decisões são tomadas antecipadamente, torna-se mais fácil, uma vez que temos mais tempo para refletir e pesar as consequências.


Tomar decisões importantes muitas vezes requer coragem. Muitas vezes é preciso estar disposto a assumir riscos. Quando uma escolha traz riscos, é preciso avaliarmos se vale a pena assumi-los. Imaginemos a seguinte situação: eu tenho certa quantia em dinheiro guardada numa poupança. Apresenta-se a mim a possibilidade de iniciar um empreendimento, que requer o investimento desse dinheiro que eu tenho guardado. Eu estou diante de duas opções: 1) investir no empreendimento; 2) não investir. Se eu escolho a opção 1, o que eu tenho a perder e o que eu tenho a ganhar? Se eu tiver sucesso, eu posso multiplicar esse dinheiro, mas se eu fracassar, posso perder tudo e até ficar endividado. Mas se eu escolho a opção 2, eu não corro o risco de perder o dinheiro, mas também não ganho. Não é uma decisão simples. É preciso pesar bem as consequências. E se eu perder tudo? Se eu tenho pessoas que dependem de mim para o seu sustento, a decisão não pode ser tomada de modo precipitado. Quais são as chances de dar errado? Se eu elaborei um bom plano de negócios, avaliei bem as chances de sucesso do negócio e cheguei à conclusão de que há maiores chances de eu ter sucesso, creio que valha a pena arriscar. Nesses casos, quando tomamos a decisão, temos que ter em mente que, ao escolhermos uma opção, as outras já não existem mais. No entanto, sempre há outras oportunidades de fazer escolhas. Se o caminho escolhido não foi bom, temos quase sempre a opção de tentar corrigir o erro. No exemplo que estamos analisando, se o empreendimento fracassa, eu tenho a opção de buscar um meio de recuperar o dinheiro perdido. Esta opção é sempre melhor que o desespero. Afinal, não adianta chorar pelo leite derramado. Diante do que é inevitável, irreversível e fatal, a melhor opção é sempre aprender a conviver com a situação da melhor forma possível. O provérbio já diz: o que não tem remédio, remediado está.


Importante refletirmos: Como estou tomando as decisões importantes em minha vida? Eu procuro refletir sobre as consequências das minhas escolhas? Diante do inevitável, eu me desespero ou procuro um meio de minimizar as consequências negativas? Saber fazer escolhas e tomar decisões de modo racional é essencial para se chegar ao sucesso em todos os aspectos da vida.

Por Bruno Fernandes de Lima.

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